REVELAÇÃO (1913)
Embora
novo o nosso amor querida,
Nascido
a pouco e pequenino ainda;
Já
no meu peito uma paixão infinda,
Ardente
lavra a crepitar garrida!...
Doida
a minh'alma canta entontecida,
A
contemplar a tua face linda!...
E tu ansiosa a confussão benvida,
Dizes que esperas deste amor querida!...
Como és louca meu anjo em esperar,
Que estes meus lábios venham
pronunciar,
O que seus olhos dizem com ardor!...
Nunca a palavra diz com tal fervor...
Porque se o amor já nasce de um
olhar,
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