De luz, de amor, de flor, de tudo quanto é belo,
Libava do teu lábio angélico, fremente,
N’um beijo demorado o néctar do desvelo.
Os teus ombros beijava audaz e impunemente,
Em meiga ondulação, o loiro do teu cabelo...
E nessa orquestra louca a brisa ingenuamente,
De beijo embriagava a flor em doce anelo...
O sol como um paxá, a levantar do leito,
Subia já no céu de púrpura vestido!...
Então maldisse o sol, o sol puro e risonho,
Que rindo me roubara essa ilusão do peito
Que rindo me roubara um tão formoso sonho!...
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